Na próxima sexta-feira, terá início ao chamado horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. Em um pleito marcado por incertezas, que serão ainda mais acentuadas, a pandemia veio para desafiar a classe política. Ao contrário dos pleitos passados, que já vinham despontando para uma presença maciça e crescente do uso das redes sociais, esta disputa trará um horizonte de dificuldades ainda maiores aos envolvidos. Tida como a eleição que realmente mais importa ao cidadão, o pleito municipal costuma mobilizar muito mais as pessoas em função das peculiaridades próprias de cada cidade. Assim, o envolvimento e a preocupação do eleitorado são sempre mais visíveis.
Porém, frente à pandemia, como todos sabem, o cenário eleitoral teve de ser adaptado. As dificuldades, que já se anunciam, serão ainda maiores a partir de 2021, e, por isso, os candidatos precisam ser os mais realistas possíveis. Dá para presumir que, em princípio, os marqueteiros com suas peças publicitárias, não raro, ilusórias, terão de lidar com o teto da realidade.
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Por termos, ao que tudo indica, uma campanha "menos na rua", a internet e as redes sociais terão protagonismo. Porém, essa plataforma não será determinante. Até porque o horário eleitoral obrigatório de TV e rádio tende a ganhar uma projeção ainda maior, já que será a oportunidade de muitos postulantes se apresentarem aos eleitores.
EM TEMPO
Neste pleito municipal, o tempo de 10 minutos observa a chamada cláusula de barreira, aprovada em 2017 pelo Congresso. Ou seja, somente os partidos que atingirem mínimo de votação na eleição de deputado federal terão acesso ao horário.
O TEMPO DE RÁDIO E DE TV
Confira, abaixo, quanto cada coligação terá para a disputa à prefeitura:
- Luciano Guerra (PT) - 1min49s
- Sergio Cechin (PP) - 2min41s
- Jader Maretoli (Republicanos) - 0'52s
- Marcelo Bisogno (PDT) - 1min33s
- Jorge Pozzobom (PSDB) - 2min43s
- Evandro Behr (Cidadania) - 0'18s
TENDÊNCIA
Também na sexta-feira, quando for dada a largada ao horário eleitoral gratuito de rádio e televisão, deveremos ter o tempo de campanha - que soma, ao total, 10 minutos - dividido entre as duas candidaturas governistas: de Sergio Cechin (Progressistas) e de Jorge Pozzobom (PSDB). A coluna traz, ao lado, como será o primeiro dia de campanha, na sexta-feira, quando o horário eleitoral gratuito tiver início.
Juntos, os dois prefeituráveis levam pouco mais de 6 minutos do quinhão de rádio e TV. A dupla ainda tem também o maior número de inserções dentro das grades de programação. Já era esperado por todos que as duas candidaturas detivessem os maiores tempos. Na chapa "Em frente, Santa Maria!", em que o tucano Pozzobom busca a reeleição, estão PSDB, PSL, DEM, PTB e PTC.
Na coligação "Santa Maria agora sim", puxada pelo progressista Cechin, figuram PP, MDB, Avante, PROS, PRTB, SD, PL e Patriota. Já a chapa com o menor tempo é a de Evandro Behr (Cidadania), com 18 segundos, que concorre com o apoio do Democracia Cristã (DC).
DATA-LIMITE
Vale lembrar que o horário, no primeiro turno, seguirá até 12 de novembro. Por aqui, em Santa Maria, serão seis chapas concorrendo à eleição. A ordem veiculada, abaixo, é para a sexta-feira, quando se inicia o horário eleitoral gratuito.
PROGRAME-SE
- O horário eleitoral será de segunda a sábado
- Das 7h às 7h10min e das 12h às 12h10min (rádio)
- Das 13h às 13h10min e das 20h30min às 20h40min (televisão)
